ARENQUES FRESCOS OU MEU ÚLTIMO DESEJO
Tomás de Aquino, Conhecimento de Deus, Prazer
DOI:
https://doi.org/10.46731/RELICARIO-v10n20-2023-280Resumo
Para o homem medieval e particularmente para os membros de alguma ordem religiosa, a primeira e mais importante relação do ser humano é certamente com Deus. Não se deveria também esquecer que a expansão ibérica se deu “dilatando a fé e o império”, como diz Camões. Ora, a relação com Deus pode encontrar, sem dúvida, várias formas de realização. No entanto, a mais elevada de todas é a da experiência de Deus, do conhecimento dele como desconhecido, visto que tal experiência não seria de ordem conceitual mas por meio da predileção divina (caridade), que encontra uma indicação privilegiada na experiência do tato e do gosto.
É dentro deste quadro que se propõe uma interpretação do conhecido desejo de Tomás de Aquino, em seus últimos dias, de comer arenques frescos. Será indicado o contexto do episódio na vida de Tomás e no ambiente cultural do século XIII.
Palavras-chave: Tomás de Aquino, Conhecimento de Deus, Prazer, Muçulmanos, Último desejo.
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