BERGSON E NIETZSCHE:
A MÍSTICA EM “UM PEREGRINO RUSSO”
DOI:
https://doi.org/10.46731/RELICARIO-v9n17-2022-218Palavras-chave:
Vida. Vir a ser. Vontade de Potência. Bergson. Nietzsche. Mística.Resumo
O objetivo deste estudo é demonstrar como as intuições de fundo, que delineiam o conceito de vida em Bergson (1959-1941) e em Nietzsche (1844-1900) fundamentam as suas compreensões sobre o conceito de mística, diferente do explicitado na obra de um autor anônimo, intitulada Relato de um Peregrino Russo (1831). Enquanto os dois primeiros autores sinalizam para a compreensão de um paradigma laico de espiritualidade, o terceiro expressa uma perspectiva de espiritualidade religiosa. Mesmo assim, elas apoiam-se em experiência imediata da dinâmica da vida. Para os dois filósofos, as expressões “impulso originário da vida” e “impulso criador e de invenção da vida” não possuem nexos conceituais conflitantes, mas apenas divergências de estilo e de compreensão da realidade. Se para Bergson, em A Evolução Criadora a vida é compreendia como sendo um princípio originário, denominado Élan Vital — movimento para Nietzsche, em Fragmentos póstumos, compreende o conceito de mundo (natureza) e de vida como vontade de potência — processo do vir a ser como superação de si e necessidade de autodestruição. Para esses autores, a experiência do fluxo da vida e o impulso criador orientam o modo de pensar e de agir do místico, o qual busca comunicar por meio de uma linguagem simbólica a necessidade de ir além dos princípios que norteiam a lógica do entendimento humano, e dos hábitos que regem e constituem a dinâmica da moral fechada e da moral de rebanho.
Palavras-chave: Vida. Vir a ser. Vontade de Potência. Bergson. Nietzsche. Mística.
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